O MAIOR MANDAMENTO

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"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6:4-5)

Nosso Senhor disse isso aos fariseus quando lhe perguntaram qual era o maior mandamento da Lei. Essa passagem faz parte do Shemá, porção do Torá conhecida por todos os judeus piedosos. A primeira parte é usada pelos teólogos para enfatizar o monoteísmo, porém a segunda parte é essencial também. O versículo não é somente uma chamada para se acreditar em uma doutrina correta; é uma convocação à uma aliança exclusiva com Deus. E não é direcionada a um indivíduo somente, mas à comunidade baseada na fé. Não está escrito o ‘meu Deus’, mas o ‘nosso Deus’.

De todo o teu coração. O “coração” no hebraico é a parte do ser que decide, estabelece prioridades, faz planos. Portanto, amar a Deus de todo coração não é algo emocional, sentimentalista, mas é dar a Deus a prioridade máxima, tomar cada decisão no contexto de Sua verdade, fazer planos com o objetivo de cumprir Sua vontade.

De toda a tua alma. Para os hebreus, a “alma” é de fato a própria vida de uma pessoa. Tudo em sua vida está baseado em seu amor por Deus? Tudo o que fica no caminho desse amor é descartado? Amar a Deus não é uma emoção, mas uma escolha. E escolher Deus sempre significa renunciar outra opção – o conforto, a vontade própria, a independência, etc.

De todas as tuas forças. O sentido aqui é “amar com grande empenho”. Amor pelas metades não é aceito por Deus. Não é algo que se faz quando se sente vontade de fazer, mas um alvo que se cultiva para toda a vida.

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Extraído do devocional
BOA SEMENTE- pedidos@boasemente.com.br

COM CRISTO NA BATALHA DA ORAÇÃO - 1 (H. BLACKABY)

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Dr. Henry Blackaby

Em Mateus 26.36-46, lemos a respeito daquele momento tão dramático no Getsêmani quando o Senhor Jesus engajou-se em uma das maiores batalhas de sua vida. Ele convidou os seus discípulos para irem com ele ao Getsêmani e, depois, escolheu três deles para o acompanharem mais adiante, onde iria orar. Chegando lá, pediu-lhes simplesmente: “Vigiai e orai”. Procure ouvir o coração do nosso Senhor neste texto:

Foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se (vv.36-37).

Com Jesus no Jardim da Oração

Você já esteve em oração com Jesus naquela intensidade? Já chegou a algum momento em que sabia o que estava no coração de Deus, sabia o que ele estava enfrentando – não somente a dor, mas as questões eternas que estavam em jogo, sentindo que a sua oração faria uma diferença eterna? Se já esteve nesse lugar, sabe o que é experimentar profunda tristeza e grande sofrimento na oração. Posso afirmar que jamais haverá verdadeira mudança no seu país ou na sua cidade até que alguns daqueles que são íntimos de Jesus aceitem ir junto com ele mais adiante e experimentar esse tipo de oração.

“Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo” (v.38). Quem suporta o peso do mundo, você ou o Senhor Jesus? O Senhor Jesus. Você nunca entenderá a oração com a dimensão necessária para mudar uma nação a não ser que entre num relacionamento de oração com Jesus e permita que ele ore através de você. Há um momento em que você começa a orar e é como se estivesse apenas observando enquanto ele carrega o peso do mundo através de você.

“Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando...” (v.39). Muitas pessoas querem louvar mas não querem se prostrar rosto em terra em oração. Há uma hora em que é importante que você pare de louvar e comece a orar um pouco, especialmente quando o povo de Deus se reúne. O louvor nunca pode ser um substituto para a oração nem para o arrependimento! 

Continua...

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Fonte: Arauto Ano 25 nº 5 - Setembro/Outubro 2007





COM CRISTO NA BATALHA DA ORAÇÃO - 2 (H. BLACKABY)

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Dr. Henry Blackaby
A Primeira Palavra do Evangelho

Se o povo de Deus não se arrepende, não haverá avivamento. Contudo, ninguém está ensinando o povo a se arrepender. Eu diria que 85 a 90 por cento de todas as instruções sobre arrependimento na Bíblia são dirigidas ao povo de Deus, não aos perdidos. Entretanto, o povo de Deus vai à igreja, domingo após domingo, e nunca toma conhecimento de que a orientação de Deus é que se arrependam.

Arrependimento é pré-requisito para se experimentar a plenitude de Deus. Qual foi a mensagem que Jesus entregou ao povo de Deus, quando apareceu em cena? “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” [bem próximo de você] (Mt 4.17). Toda a presença, e o poder, e a plenitude de Deus estão bem próximos de você, esperando serem apropriados e recebidos – desde que haja arrependimento.

Arrependimento significa que você vê que está na direção errada e dá meia volta para ir na direção de Deus. Muitos de nós acreditamos que, por estarmos num culto de louvor e adoração, estamos na direção certa. Durante a maior parte da história bíblica, o povo de Deus estava andando na direção errada – mesmo enquanto cultuava ou adorava ao Senhor. No fim, por não reconhecer a sua necessidade nem se arrepender, Israel foi julgado por Deus; os muros de Jerusalém foram derrubados, e o povo de Deus foi levado cativo e escravizado por setenta anos.

É por isso que a primeira palavra que o Filho de Deus proclamou para o seu povo foi “Arrependei-vos”; a plena presença, e o poder, e o reino de Deus estavam dependendo disso para serem recebidos. Será que podemos dizer que esta seria a mesma mensagem que Deus daria hoje para mim e para você? Se não estamos experimentando a medida completa da presença, do poder e da atividade de Deus, não é porque ele não está presente para isso, mas por não preenchermos as condições para experimentá-lo através do arrependimento.

continua...