VISÃO, LUGAR E PRESENÇA DE DEUS - R. C. SPROUL

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Há grande debate e controvérsia em nossos dias sobre qual é a adoração correta diante de Deus. Como eu tenho lutado com essa questão, continuo voltando ao Antigo Testamento. Eu sei que essa é uma prática perigosa, porque agora vivemos na era do Novo Testamento, mas o Antigo Testamento nos dá instruções detalhadas e específicas sobre a adoração, enquanto o Novo Testamento é quase que silencioso a respeito desta conduta. No Antigo Testamento, eu encontro um refúgio da especulação, da opinião do homem e dos caprichos do gosto e da preferência humana, porque lá eu encontro o próprio Deus exigindo explicitamente que certas coisas aconteçam na adoração. Eu acredito que é possível e correto extrair princípios para a adoração do Antigo Testamento, pois os livros do Antigo Testamento continuam fazendo parte do cânon das Escrituras e, mesmo que haja certa descontinuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, há também uma continuidade que não devemos desconsiderar.

Um dos princípios que aprendi do Antigo Testamento é esse: a pessoa deve ser envolvida por inteiro na experiência da adoração. Certamente, as mentes, os corações e as almas dos adoradores devem estar envolvidos, mas quando vamos ao culto no domingo pela manhã, não chegamos com as mentes, os corações ou as almas desencarnados. Nenhuma das nossas experiências é puramente intelectual, emocional ou espiritual. A experiência da vida humana também envolve aspectos físicos. Isso significa que todos os cinco sentidos estão envolvidos na experiência da vida. Somos criaturas que vivem a vida não apenas com as nossas mentes, corações e almas, mas com os nossos sentidos de visão, audição, olfato, paladar e tato.

Eu não tenho espaço suficiente neste breve artigo para abordar como os cinco sentidos estão envolvidos na adoração, ou mesmo para explorar todas as dimensões de apenas um desses sentidos. Então, quero considerar apenas uma forma pela qual o sentido visual pode ser impactado, para que os nossos corações sejam movidos a adorar.

Pesquisas rotineiramente nos dizem que as duas razões principais pelas quais as pessoas ficam longe da igreja são porque elas acham o culto chato e a igreja irrelevante. Essas razões, especialmente a primeira, me deixam surpreso. Eu sempre disse que, se o próprio Deus anunciasse que ele apareceria na minha igreja num domingo de manhã, às 11 horas, pessoas compareceriam a ponto de algumas ficarem em pé somente nessa hora marcada do culto. Tenho certeza de que ninguém que viesse a esse culto e testemunhasse a chegada de Deus iria embora depois, dizendo: “Eu fiquei entediado”. Quando lemos os relatos bíblicos de encontros de pessoas com Deus, podemos ver todas as gamas de emoções humanas. Algumas pessoas choram, algumas clamam de medo, algumas tremem, algumas desmaiam. No entanto, nunca lemos sobre alguém que tenha ficado entediado na presença de Deus.

Então, visto que a adoração é, em seu sentido mais básico, um encontro com Deus, como podemos explicar as pesquisas que nos dizem que as pessoas saem entediadas da igreja? Devo concluir que elas não estão experimentando a presença de Deus em nenhum sentido. Isso é trágico, porque se as pessoas não sentem a presença de Deus, elas não podem ser movidas a adorar e a glorificar a Deus.

Um dos elementos que ajudam as pessoas a sentir a presença real de Deus é a forma do ambiente de culto. Eu gostava de perguntar aos meus alunos do seminário, que eram protestantes, se eles já haviam estado em uma das grandes catedrais góticas católicas romanas. Muitos haviam estado, por isso eu lhes pedia para compartilhar suas profundas reações ao andarem por uma catedral. A maioria dizia: “Tive uma sensação de temor” ou “Eu senti a transcendência de Deus”. Isso me dava a oportunidade de mostrar como a arquitetura das catedrais, o formato do ambiente de culto nessas construções, colocava meus alunos no “clima” para a adoração, por assim dizer. É claro, as catedrais foram projetadas para despertar essa exata reação. Grande cuidado e reflexão foram empenhados no projeto das catedrais. Os projetistas queriam um formato que estimulasse nas pessoas uma sensação da sublimidade de Deus, da alteridade de Deus. Eu me entristeço ao ver que os protestantes não costumam ter o mesmo cuidado no projeto das igrejas. Nossos ambientes de culto são muitas vezes práticos. Os templos são projetados de acordo com o design de cinemas ou estúdios de televisão. Tais ambientes não têm nada de errado, mas muitas pessoas testemunhariam que esses ambientes não as inspiram à adorarem da mesma forma que o interior das igrejas tradicionais fazem.

Cabe a nós, penso eu, observar o grande cuidado com o qual Deus deu ao seu povo os planos para o tabernáculo, o primeiro ambiente de adoração. Como o templo que veio em seguida, o tabernáculo era um lugar de beleza, glória e transcendência. Era como nenhum outro lugar na vida do povo de Deus. Precisamos entender que a arquitetura da nossa igreja comunica algo aos nossos sentidos visuais e, portanto, essa arquitetura pode favorecer ou dificultar a nossa percepção da presença de Deus.

JESUS CRISTO, O NOSSO SUMO PONTÍFICE

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Na última segunda-feira chegou ao Brasil o carismático Papa Francisco. Chamado por muitos de “O Papa do Povo”. 

Para a Igreja Católica Apostólica Romana, o Papa, seja ele quem for, muito mais do que um líder religioso, ele é o líder espiritual; o Sumo Pontífice da Igreja e o Vigário de Cristo.

Com absoluto respeito aos amigos católicos, gostaria de fazer algumas considerações acerca desses dois títulos papais à luz da Bíblia, e sobre as suas implicações na espiritualidade cristã.

Antes, é importante conhecermos o significado das expressões Sumo Pontífice e Vigário de Cristo:

1. Sumo Pontífice da Igreja

A palavra Pontífice vem do latim pontifex. Literalmente significa “aquele que constrói pontes”.

Na Antiguidade romana, um membro do principal colégio de sacerdotes, o Colégio de Pontífices, era chamado assim. Originalmente, o termo “Pontífice” referia-se a qualquer sacerdote. A partir do século V d.C., o título foi usado para descrê-ver bispos notáveis. Contudo, no século XI, o termo passou a ser utilizado apenas para o Papa da Igreja, considerando-o como o sumo (supremo) construtor de pontes entre os homens e Deus.

2. Vigário de Cristo.

Um vigário é um servo que representa um superior, administrando a posição detida no lugar do verdadeiro soberano; sinônimos incluem “representante” ou “enviado”. O primeiro registro de um título que reflete o papa como “Vigário” é datado de 445 d.C.

Inicialmente o papa era considerado apenas vigário de Pedro; e Pedro vigário de Cristo. Em 1439, no Concílio de Florença, num documento intitulado “Decreto para os Gregos”, o papa foi designado como o verdadeiro Vigário de Cristo – Pastor Aeternus. (Wikipédia, 21/07/13)

Acontece que, à luz da Bíblia Sagrada, esses dois títulos mostram-se inapropriados, para não dizer blasfemos, quando atribuídos a qualquer pessoa, senão a Jesus Cristo. E existem motivos para isso, biblicamente falando:

Porque não existe um só ser humano que não seja falível. Em Romanos 3.23 a Bíblia diz “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Se todos pecaram, não há porque se falar na infalibilidade de um ou de alguns – com exceção do homem Jesus Cristo que em todas as coisas foi tentado, assim como nós, mas sem pecado (cf. Hebreus 4:15). Ora, se nem mesmo Pedro foi infalível, o que dizer daqueles que o sucederam?

A Palavra de Deus nos diz que só existe um Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem (Timóteo 2.5). Na primeira carta de Pedro (5:4), o apóstolo glorifica a Jesus (e não a si mesmo!) ao declarar que quando o Supremo Pastor, Jesus Cristo, se manifestar, dele receberemos a imarcescível coroa da glória.

Por fim, em Mateus 28.18, o próprio Jesus declara que toda autoridade lhe foi dada nos céus e na terra. E, em João 14.6, ele assevera: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

Nesta semana, provavelmente ouviremos muito a expressão Sumo Pontífice relacionada ao carismático Papa Francisco. Porém, lembremos do que a Bíblia nos diz: SÓ EXISTE UM SUMO PONTÍFICE, UMA SÓ PONTE ENTRE DEUS E OS HOMENS, E O SEU NOME É JESUS CRISTO!

Porque só há um Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, JESUS CRISTO, homem (1 Timóteo 2:5).

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Autor: Pr. Irailton Melo de Souza
                irailton@yahoo.com.br

O GOVERNO BÍBLICO DA IGREJA

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Em nossos dias existe uma crise de identidade na Igreja evangélica atual. Crise do ponto de vista doutrinária, os evangélicos de modo geral não sabem mais no que creem, não existe mais a preocupação com um credo, ou com uma confessionalidade estrita e clara.

A erosão da fé tem sido presente em nosso tempo. A negação da suficiência da Palavra de Deus é patente em nossos dias, e esta negação, não está vinculada a questão do pentecostalismo somente, mas também a questão do governo eclesiástico da igreja; pois, se tem aceitado que este tema é um campo periférico da teologia e que não devemos debater ou contender sobre este valioso assunto.

Um escritor dá-nos uma alerta crucial sobre isto, ao dizer:
É muito comum os crentes professos fazerem distinção entre oessencial e o não essecial em religião e inferir que, se algum fato ou doutrina pertence exatamente a esta última classe, deve ser uma questão de pouca importância, e pode na prática, ser seguramente relegada a um plano secundário. A maioria das pessoas tira conclusões sem um exame prévio; não querem pagar o preço de pensar, pesquisar, de raciocinar sobre nada e um dos expedientes mais frequentes adotados por elas para se livrarem da responsabilidade de usar a mente e desprezar algum fato que se julgue desagradável é dizer: “Esse problema não é essencial para salvação; portanto, não precisamos nos preocupar muito com isso”.

As palavras deste pastor presbiteriano nos alerta para um fato importante que é a marginalização de temas teológicos que são fundamentais para a igreja de Cristo, e assim, a negligência sobre a temática do governo da Igreja de Cristo torna-se mais evidente. Concentramo-nos em temas como: Revelação, Expiação, Justificação, Regeneração; todavia, quando se vai tratar de governo eclesiástico achamos algo se proveito, e somos até acusados de dogmatizadores quando somos enfáticos neste assunto, mas uma vez Witherow nos alerta dizendo “se todas as outras verdades reveladas são irrelevantes porque não são essenciais para a salvação, o resultado é que o que o que se está sendo negado é a importância da própria Palavra de Deus”.

Quando se omite e julga-se irrelevante tais assuntos ataca-se a doutrina da Suficiência das Escrituras. O Sola Scriptura e o Tota Scriptura são desprezados nas considerações teológicas sobre esta temática. Por isso, o nosso estudo aqui visa apresentar a importância, a atualidade e a necessidade deste tema importantíssimo na vida da Igreja de Cristo.

Sabemos que “o tema Governo Eclesiástico não sugere nada atraente”. Isto devido a falta de literatura, de interesse e de disponibilidade dos pastores em ler, produzir e ensinar sobre a eclesiologia. Alguém poderia perguntar: “por que é importante estudar este assunto?” A resposta está no fato de que o “ministério e a forma de governo constituem um dom de Deus para a igreja”. E esta é a razão suficiente para estudarmos a natureza do governo bíblico da igreja.

Tudo isso nos leva para necessidade da Igreja em nossa vida, estamos cientes de que existe em nossos dias protestos contra a Igreja e que vivemos tempos no qual as pessoas dizem “‘queremos Deus, não uma instituição’”; embora tal declaração seja preocupante para nós o nosso estudo não se concentrará nesta problemática, mas focalizará toda a atenção na questão do governo bíblico da Igreja de Cristo.
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SER IGREJA CONGREGANDO

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"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18)

Eu não tenho nenhum dúvida que a igreja de Cristo na Terra sou eu, principalmente por causa de 1 Pedro 2:9 e 1 Corintios 6:20. Mas não vejo nada que me indique que eu posso viver sozinho, sem me reunir e sem me sujeitar às autoridades que Deus estabelece no meio do Seu povo. Posso discordar de algumas coisas e de algumas pessoas, mas não posso discordar de Deus nem da Sua Palavra.

A referência de Mateus 16:18 deixa claro que o inferno não prevalece sobre a igreja - não fala nada sobre eu estar sozinho. Paulo escreveu a maioria de suas cartas às igrejas, especialmente Coríntios. Inegavelmente, na minha humilde opinião, sermos igreja é algo sobrenatural e nos dá algum tipo de poder, de revestimento, de unção, de benção, sei lá que termo que seria melhor usar. Chame como quiser, sendo igreja (na pluralidade) temos um "algo" que não temos sozinhos.

Talvez por isso muitos entre nós padecem de tanta dificuldade, por que sabemos que a igreja é o Corpo de Cristo na Terra, seja ela reunida ou dispersa. Mas falar mal dela, não zelar por ela, não estar inserido nela... Isso fere um princípio e não consigo enxergar Deus abençoando isso. Vivemos dias difíceis, eu sei, até mesmo por que minha Bíblia tem 2 Timoteo 3. MAS nem por isso vou deixar de congregar, vou deixar de dar minha contribuição para mudar para melhor.

Concordo que existe um mínimo exigível para se juntar a um grupo, mas temos de ser tolerantes. Só seremos vitoriosos e só triunfaremos sobre o inferno reunidos como igreja. Jesus reuniu pessoas. Apocalipse mostra sempre multidões. Não posso crer que tudo que Paulo escreveu nas cartas era para usarmos em separado. 1 Corintios 14 não tem o menor sentido para uma pessoa só e, sinceramente, se classificarmos aquilo como coisa de época, colocamos em cheque coisas demais. Não dá pra mim. Tenho de congregar, tenho de somar.

"Senhor, ajuda-me a entender e participar de algo do Senhor em termos de igreja local. Ajuda-me na dificuldade de me enquadrar e me doar junto de algum grupo local."

Mário Fernandez
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PRESBITERIANISMO NO BRASIL: UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

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As origens históricas mais remotas do presbiterianismo remontam aos primórdios da Reforma Protestante do século XVI. Como é bem sabido, a Reforma teve início com o questionamento do catolicismo medieval feito pelo monge alemão Martinho Lutero (1483-1546) a partir de 1517. Em pouco tempo, os seguidores desse movimento passaram a ser conhecidos como “luteranos” e a igreja que resultou do mesmo foi denominada Igreja Luterana.
O que é IPB

A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma federação de igrejas que têm em comum uma história, uma forma de governo, uma teologia, bem como um padrão de culto e de vida comunitária. Historicamente, a IPB pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo, tendo surgido no Brasil em 1859, como fruto do trabalho missionário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos.

Denominações Presbiterianas no Brasil

A Igreja Presbiteriana do Brasil é a mais antiga denominação reformada do país, tendo sido fundada pelo missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867), que aqui chegou em 1859. Mais tarde, ao longo do século 20, surgiram outras igrejas congêneres que também se consideram herdeiras da tradição calvinista. São as seguintes, por ordem cronológica de organização: Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (1903), com sede em São Paulo; Igreja Presbiteriana Conservadora (1940), com sede em São Paulo; Igreja Presbiteriana Fundamentalista (1956), com sede em Recife; Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (1975), com sede em Arapongas, Paraná, e Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1978), com sede no Rio de Janeiro.

Rev. Ashbel Green Simonton

Ashbel Green Simonton (1833-1867), o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, nasceu em West Hanover, no sul da Pensilvânia, e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Eram seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass (1791-1862), filha de um pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Os irmãos homens (William, John, James, Thomas e Ashbel) costumavam denominar-se os "quinque fratres" (cinco irmãos). Um deles, James Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu por três anos no Brasil e foi professor na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev. Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o Brasil.

Esboço Histórico

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da Europa continental, tais como suíços, holandeses e húngaros. No entanto, a maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da história do Brasil, houve a presença de calvinistas em nosso país.
Implantação da IPB (1859-1869)

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Influenciado por um reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade.


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FONTE: PORTAL IPB

CRESCENDO EM ORAÇÃO

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"Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso" (Colossenses 4:2-3)

Perseverar em oração é algo que difere em essência e estilo de tudo o mais que possamos fazer nesta vida e neste mundo. Digo isso com propriedade e com direito de causa. Perseverar não é ser teimoso nem ser apenas persistente, como em outras atividades. Para ser um bom músico ou um bom atleta, talvez seja suficiente um esforço hercúleo, mas para perseverar em oração é preciso muito mais.

A oração é muito mais do que um "simples" diálogo entre duas pessoas, sendo uma delas humana e a outra Divina. É muito mais do algo que fazemos durante algum tempo. Oração sem fé e sem dedicação espiritual é como uma lata vazia sendo chutada: só faz barulho e não produz nada.

Para perseverar em oração é preciso ter fé para prosseguir, é preciso crer que vale a pena prosseguir, é preciso saber para onde vai e onde quer chegar. Muito mais intensamente é tudo isso quando estamos orando em favor de algo que não é do nosso interesse direto, não é algo de nosso benefício pessoal. Interceder é justamente isso e Paulo, neste texto aos irmãos, que viviam em Colossos pede que orem por ele e por seu ministério.

Quando uma pessoa, seja eu ou seja você, se dedica a orar intensamente, continuamente, com fé sincera, e por um longo período de tempo - isso se chama perseverar em oração.

Precisamos aprender e desenvolver isso em nossas vidas, colocando o tempo a sós com Deus como uma prioridade e ainda mais, precisamos aprender a fazer isso sem interesse pessoal e sem pensar em troca com Deus. Aí sim meu querido, começamos a crescer na oração.

"Senhor, ensina-me a investir tempo contigo, intercedendo por outros e orando para Te adorar, independentemente das situações ao meu redor. Eu te amo."


Mário Fernandez Deixe o seu comentário no site: http://www.ichtus.com.br/dev/2013/05/12/crescendo-em-oracao/

SER MÃE - NAAMÃ MENDES

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E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Cléopas, e Maria Madalena” - João 19.25 

Até onde uma mãe pode ir por amor ao filho? Maria foi até a cruz. Este fato narrado pelos evangelistas propõe-nos as seguintes neste dia das mães:

Ser mãe é guardar no coração tudo que poderia destruir o filho.
 
Cada filho é único, a mãe, melhor que o pai percebe isso. Cada filho possui uma reação , um jeito, uma vocação. Cada filho trilha o seu caminho. Maria teve aprender isto com seu filho Jesus. Os evangelhos nos contam que à medida que o caminho de Jesus ia sendo revelado, Maria ia guardando todas essas coisas em seu coração. Ah! quanta coisa cabe no coração de uma mãe! Quanto há para ser guardado no coração! Cada gesto do filho, cada palavra, cada reação que ele provoca. Só Deus sabe quanta coisa uma mãe guarda em seu coração.

Ser mãe é não querer controlar o filho mas entregar o caminho de de cada filho a Deus. 

Maria deve ter desejado poupar seu filho de todo aquele sofrimento,assim são as mães. Como deve ter desejado que seu filho não tivesse de caminhar rumo ao Calvário. Entretanto, com ela, mães aprendem que o caminho de seus filhos não deve estar em suas mãos, mas nas mãos de Deus. Os filhos são a herança concedida por Deus aos pais. Estão sob os nossos cuidados, mas pertencem a Deus!

Ser mãe é ir até onde ninguém iria por amor ao filho.

As mulheres nem eram ouvidas ,nem contadas naquela época. Os inimigos de Jesus o colocavam sobre a cruz. Todos que de certa forma seguiam Jesus estavam sobre ameaça . As mulheres mais ainda corriam riscos de serem mortas , apedrejadas, entretanto Maria e outras mulheres seguiram Jesus até o calvário. Ninguém, entre os discípulos foram, mas sua mãe e outras mulheres foram. 

Maria, aos pés da cruz comprende a profecia que ouvira de Simeão mais de trinta anos antes . ... uma espada traspassará a tua alma (Lc 2.35)! Ali, diante da cruz, estava ela com a alma traspassada pela dor de assistir ao sofrimento do próprio filho. Mas de forma providencial, Maria mostra-nos que o lugar de toda mãe que ama o filho e sofre pelo filho é ao pé da cruz, porque na cruz o filho lembra da sua mãe em seu último olhar (Jo 19.27). 

Todas as mães podem ir ao pé da cruz de Jesus e pedirem pelos seus filhos, pois Jesus foi filho e sabe o que é o sofrimento e a preocupação de uma mãe!

Maria, ao pé da cruz, lembra-nos que as mães serão ouvidas quando se colocarem, em oração, diante daquele que esteve na cruz, pois Jesus foi filho e sabe tudo que uma mãe carrega em seu coração!

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Graça suficiente para enfrentar o sofrimento

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Rev. Hernandes Dias Lopes

A escola da vida é diferente da escola convencional. Dá primeiro a prova, depois a lição. Primeiro a dor, depois o aprendizado. Primeiro, o sofrimento depois o consolo. Como foi que o apóstolo Paulo enfrentou o sofrimento? Ele experimentou alegria no sofrimento. Alegria apesar dos problemas; alegria apesar dos difamadores; alegria apesar da morte. Paulo enfatizou que as coisas espirituais estão acima das materiais; o futuro é melhor do que o presente; e o eterno é mais importante do que o temporal. Paulo aprendeu não apenas a sobreviver às circunstâncias adversas, mas ainda a gloriar-se nelas e sair delas vitorioso.

Paulo fala das revelações extraordinárias quando foi arrebatado até o terceiro céu e do espinho na carne (2Co 12.1-9). Há um grande contraste entre essas duas experiências: Ele foi do paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Experimentou a bênção de Deus no céu e a bofetada de Satanás na terra. Paulo tinha ido ao céu, mas agora, aprendeu que o céu pode vir até ele.

Charles Stanley, em seu livro Como lidar com o sofrimento?, comentando o texto supra, ensina-nos algumas lições preciosas:

Em primeiro lugar, há um propósito em cada sofrimento. No preâmbulo de sua segunda carta aos Coríntios, Paulo diz que o nosso sofrimento e a nossa consolação são instrumentos usados por Deus para abençoar outras vidas (2Co 1.3). Na escola da vida, Deus está nos preparando para sermos consoladores. Paulo rogou ao Senhor três vezes para remover o espinho de sua carne. Aprendeu, porém, que quando Deus não remove “o espinho”, é porque tem uma razão. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Sempre há um propósito. O propósito é não nos ensoberbecermos.

Em segundo lugar, é possível que Deus resolva revelar-nos o propósito de nosso sofrimento. No caso de Paulo, Deus decidiu revelar-lhe a razão do “espinho” em sua carne: evitar que o apóstolo ficasse orgulhoso. Quando Paulo orou, não perguntou porque estava sofrendo, apenas pediu a remoção do sofrimento. Não é raro Deus revelar as razões do sofrimento. Revelou a Moisés a razão porque não lhe seria permitido entrar na Terra Prometida. Disse a Josué porque ele e seu exército haviam sido derrotados em Ai. O nosso sofrimento tem por finalidade nos humilhar, nos aperfeiçoar, nos burilar e nos usar.

Em terceiro lugar, o sofrimento pode ser um dom de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós e não por nós. Jacó disse num momento difícil da vida: “Tendes-me privado de filhos; José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas em sobrevêm” (Gn 42.36). Jacó pensou que Deus estava trabalhando contra ele, quando Deus estava trabalhando por ele. Assim também, o espinho de Paulo era uma dádiva, porque através desse incômodo, Deus o protegeu daquilo que ele mais temia – ser desqualificado espiritualmente. Paulo viu o sofrimento como algo que Deus fez a seu favor e não contra ele.

Em quarto lugar, a graça de Deus nos é suficiente no sofrimento. A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava nem a que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus não deu a Paulo o que ele pediu, deu-lhe algo melhor, melhor que a própria vida, a sua graça. A graça de Deus é melhor do que a vida. Por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. Se a graça de Deus foi suficiente para um homem que deixou todas as glórias de seu passado para pregar o evangelho e plantar igrejas em ambientes hostis, como as províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Se a graça de Deus foi suficiente para um homem que sofreu naufrágios, prisões, açoites, apedrejamento e o próprio martírio, tenho plena certeza de que essa mesma graça divina é mais do que suficiente para qualquer sofrimento que você e eu venhamos a enfrentar!

DESAFIOS PARA O HOMEM PRESBITERIANO

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“Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I João 1:6-7

Acabo de ler o texto do Rev. Prof. Dr. Héber de Campos, O Pluralismo do Pós-Modernismo, chego a conclusão do intenso desespero que muitos Homens Presbiterianos vêm sofrendo por conta dos rumos obscuros e inóspitos da religiosidade pós-moderna. Pude abrir meu campo de reflexão e de análise sobre a fé cristã a partir de alguns referenciais, que a leitura deste texto trouxe para mim. Por isso, hoje quero compartilhar com você alguns desafios que nós Homens Presbiterianos precisamos tomar no alvorecer da Comunhão visando a Evangelização do nosso País.

Precisamos entender que o “fazer” evangelização da Igreja sem unidade é escândalo, isto porque no Reino de Deus não existe espaço para o fazer individualista. A Evangelização está sempre evidenciando o aspecto da comunhão, porque não existe espaço para evangelização na igreja de forma individualista. A comunhão tem a ver com o Corpo de Cristo e com a Comunidade do Povo de Deus.

O Apóstolo João associa esta necessidade da vida de comunhão e da unidade visível do povo de Deus na obra evangelizadora. Portanto João está falando de uma unidade organizacional visível na história, através de ações de fraternidade prática, vivenciada no amor e propósitos ideais do Reino de Deus, ineqüivocadamente assumidos como prioritários e portanto dignos de nossa convergência.

É interessante que o Novo Testamento diz que o mundo não vê quase nada, “o homem carnal não entende as coisas de Deus”, porque o “príncipe deste mundo cegou o entendimento dos incrédulos”. Mas com relação a unidade da Igreja o mundo “veria”, isso porque seria uma unidade mais do que metafísica, mais do que espiritual, seria uma unidade analisável, mensurável, sociologicamente compreensível, socialmente perceptível. O mundo perdido, cego pelo diabo, é incapaz de perceber a profundidade espiritual do Reino, todavia deve ser capaz de perceber a unidade do povo de Jesus.

Eu penso que nos precisamos ter alguns desafios se queremos tornar a nossa vida como Homens Presbiterianos ou como igreja, como uma igreja que realmente caminha dentro da vontade para o qual Deus a criou. Se queremos caminhar como uma igreja que viva de acordo com a vontade de Deus, precisamos de ser desafiados constantemente em nossa vida cristã.

A evangelização é uma realidade complexa, que inclui exigências irrenunciáveis. A Evangelização no Novo Testamento é destacada como: serviço (diakonia), proclamação, diálogo, anúncio (kérygma), testemunho (martyria) e da comunhão (koinomia).

O mundo em que vivemos está mergulhando em um caos espiritual, que reflete sua obstinada intenção pela exclusão de Deus. Diante desse quadro, a Igreja deve sempre se posicionar levantando a bandeira do Evangelho de Jesus Cristo. Os desafios confrontam-nos para que tomemos decisões firmes em prol do Reino de Deus (I João 1: 6-7).

Consideremos alguns desafios para o Homem Presbiteriano no alvorecer da Comunhão para Evangelização

Os novos desafios, que colocam novas perguntas, impõem igualmente novas respostas. Encontrar respostas adequadas a nossa prática evangelizadora, não é uma tarefa propícia a seguranças. Vivemos um tempo mais de buscas do que sínteses, mais ingente à criatividade do que ao plágio e à repetição. De nada valem as nostalgias restauradoras de um passado sem retorno. É claro que, em se tratando da herança cristã, na busca de novas respostas, impõe-se salvaguardar a autenticidade primitiva, a experiência dos Reformadores. A coragem de renovação é a única garantia de futuro.

Das novas perguntas, postas por um mundo em profundas transformações, impõem-se, pelo menos, três grandes desafios para o Homem Presbiteriano. São desafios que se apresentam como tarefas, a serem realizadas de maneira processual, gosto muito desta palavra, talvez por causa do Direito. Apresenta-se a necessidade urgente de – re-projetar a missão evangelizadora da Igreja, de re-fontizar a identidade reformada da Igreja e de re-novar a Comunhão da Igreja.


1. Re-projetar a missão evangelizadora da Igreja

O primeiro desafio consiste em definir os contornos da identidade reformada da Igreja na obra evangelizadora. A identidade da Igreja (ser) e sua configuração histórica (instituição) derivam da missão (fazer).

Evangelizar não consiste simplesmente em incorporar pessoas a uma Igreja já pronta mas, antes de tudo, em encarnar o Evangelho na vida de pessoas contextualizando-as. Mas, não também de um evangelho supostamente fora da contingência da história e das culturas, o que não passaria da transmissão de uma determinada versão dele e levaria a uma Igreja monocultural. Neste caso, os interlocutores não passariam de meros destinatários, reduzidos a receptores passivos de um evangelho em uma determinada interpretação e vistos como objetos da evangelização. Ora, a Evangelização, trata-se, antes, de um processo cujo sujeito não é quem leva a fé, mas quem recebe a mensagem revelada, dado que neste processo, não é tanto o evangelho que se incultura, mas os sujeitos da cultura que incorporam, a seu modo, o Evangelho em sua vida, em suas relações.

Na tarefa de resposta ao desafio de re-projetar a missão evangelizadora da Igreja, impõe-se fazer do ser humano o caminhar da Igreja, poderíamos pensar em evangelismo pessoal, ou mesmo no evangelismo pelo testemunho, talvez não, mas pensar no evangelismo como um estilo próprio de viver, viver como Cristo viveu. Isto implica a superação da visão teocentrista e de seu conseqüente eclesiocentrismo ou de uma ação evangelizadora meramente ad intra[i], na esfera do espiritual, e situar a missão evangelizadora no coração do homem numa visão Cristocentrica.

Desafios tais como pobreza crescente, ética social-política-econômica, direitos humanos, democracia, violência, igualdade racial, emancipação da mulher, ecoteologia, dizem respeito também ao Evangelho.

2. Re-fontizar a Identidade da Igreja

A preocupação pela “identidade” da Igreja, assim como pela identidade das culturas, dos povos, dos indivíduos etc., está na ordem do dia e tem sua razão de ser. Isso se deve, por um lado, às profundas transformações atuais e, por outro, à cultura de dominação reinante, que operou uma destruição dos valores tradicionais.

Na Igreja, a atual crise de identidade, em grande medida, deve-se às novas perguntas oriundas de um mundo em profundas transformações, que ao exigirem novas respostas, impõem uma nova compreensão de si mesma e uma nova configuração da Igreja.

A crise de identidade, em um momento e contexto particulares, instintivamente leva a re-visitar o passado, em busca da experiência dos nossos pais (Reformadores). Caminha-se ao encontro do referencial histórico, que fundamentou o caminhar até então, para resgatá-lo no novo contexto. Mas, há duas maneiras muito diferentes de re-visitar o passado, que desembocam em modos diversos de configuração da identidade: uma, é re-visitá-lo a partir da instintiva atitude de medo e de autodefesa, que leva a reafirmar a identidade “de sempre”, ou seja, de ontem; outra, é re-visitá-lo a partir da urgência do presente, propondo-se a uma re-fundação da identidade, na fidelidade à experiência dos Reformadores, em perspectiva de futuro, creio que este é o pensamento essencial da fé reformada, “ecclésia reformata semper reformanda”[ii].

Ao buscar a base da nossa identidade no passado, fazendo dele um refúgio, é caminho para o princípio da fé reformada na atualidade. A postura reformada está apoiada em uma visão retrospectiva da realidade, na medida em que se pensa que, não foram os tempos que mudaram, mas a identidade atual que fracassou, por ter se desviado da forma primária. A solução, então, é resgatar a identidade de ontem e trazê-la para o hoje .

No contexto da atual crise da modernidade, a postura reformada está presente também na Igreja. A Igreja está voltada para a esfera ad extra,[iii] em estreita ação do ecumenismo denominacional de linha evangélica[iv], e com os movimentos populares, que perdeu a identidade reformada. Também perdeu seu poder, na medida em que foi usada ou deixou-se usar por outros interesses, por uma politização da fé, que esvaziou a escatologia de sua dimensão transcendente. A salvação foi reduzida à libertação de contingências temporais de ministérios extraordinários. A fé, em seu discurso normatizado que é a teologia, em sua forma de “teologia que liberta”, representa a ingerência indevida de outras ciências na teologia, especialmente da sociologia. A formação, nos seminários e escolas de formação teológica, gera um tipo de pastor crítico em relação à comunhão da igreja, incapazes de veicular uma identidade forte da mesma, diante das vicissitudes da sociedade e das seitas.

A re-fontização da identidade, pela busca da experiência dos Reformadores, nos remete portanto ao próprio caminhar da Igreja na história a partir da Reforma Séc XVI, sob o dinamismo do Espírito Santo. O Espírito Santo não é enviado a uma Igreja já constituída antes de sua missão . A missão do Espírito Santo é constitutiva da Igreja. Ela existe porque o Espírito Santo lhe foi enviado e ela se manifesta a partir deste dom. A Igreja não é nem anterior nem exterior à missão do Espírito. Primeiro há uma missão do Espírito a toda a criação, para que esta criação exista; depois, dentro desta missão geral, surge e existe a Igreja (Pentecoste).

3. Re-novar a Comunhão da Igreja

A Igreja, ainda que seja verdade que não é uma mera democracia, é comunhão, também é verdade que a comunhão pressupõe a koinonia. Passados, entretanto, mais de dois mil anos, por razões diversas, a Igreja parece estar longe de constituir-se em uma koinonia. Na verdade, qualquer forma de autoritarismo é essencialmente contrária à mensagem evangélica.
Evidentemente, estamos falando aqui, não da “origem” do poder na Igreja (a Igreja enquanto manifestação do Poder de Deus), mas de sua gestão, que deve seguir os princípios evangélicos, quais sejam, a ausência de toda sorte de autoritarismo e desrespeito à dignidade das pessoas, a serviço de quem devem estar sempre as estruturas. Certas formas de poder na Igreja, às vezes ditas emanadas do espírito do Evangelho, não passam de heranças históricas, fruto da imitação de poderes temporais .

O acolhimento deve se dar primeiro em nossas afeições e corações, quando então, não se fará acepção de pessoas. Paulo disse que tanto Judeus como gentios deveriam ter o mesmo tratamento no seio da igreja primitiva. Outro aspecto da ética cristã no acolhimento é não fazer distinção entre classes sociais.

A comunhão dos santos faz com que cada graça que Deus concede a um determinado membro da Igreja seja patrimônio de todos os fiéis. Se, numa sociedade, alguns de seus membros se tornam religiosos, ou se santificam, isso redundará em bem para todos os membros da sociedade, e deverá alegrar portanto a todos.

A vida cristã é uma vida de relacionamentos. A comunhão íntima com Deus, pela oração e prática da Sua Palavra, nos leva ao relacionamento fraterno com nossos irmãos de fé. Esse relacionamento cresce na medida em que também cresce nossa fé

CONCLUSÃO

Não importa a sua teologia correta, os seus dons extraordinários ou sua visão ampla e estratégica; se você é individualista e não tem comunhão com a Igreja, você está fora da vontade de Deus. Sem comunhão você é um tijolo fora da construção, um membro fora do corpo, um soldado perdido no campo de batalha, ou seja, uma incoerência, uma contradição, uma vida sem propósito. Você precisa de se relacionar na Igreja por inúmeras razões


BASE BIBLIOGRÁFICA

CAMPOS, Héber Carlos de. O Pluralismo do Pós-Modernismo. http://www.monergismo.com/textos/hermeneuticas/hermeneutica_heber.htm, acessado em 12.11.2007.

Notas

[i] Expressões latinas que significam "para dentro e "para fora". São empregadas para indicar as ações das pessoas da Trindade, seja nas relações internas entre as três pessoas, seja na obra da criação e redenção.

[ii] Igreja Reformada sempre Reformando.

[iii] Por fora e para além das fronteiras.

[iv] Ecumenismo Evangélico segundo o Rev. Dr. Augustus Nicodemus,”é a tentativa de aproximação entre igrejas evangélicas, a nível de cooperação em atividades evangelísticas e sócio-políticas, e mesmo de fusão organizacional. Por exemplo, a cooperação interdenominacional de igrejas e ministros--muitos dos quais não estariam interessados no ecumenismo cristão ou religioso – que se unem para patrocinar uma cruzada de Billy Graham. Vale lembrar que o número de denominações diferentes chegou a 22.000 em 1985 e continua crescendo a uma taxa de cinco novas todas as semanas”. (Ecumenismo – www.ipb.org.br).

* Texto escrito especialmente para a Revista Proposta. Revista editada pela Cultura Cristã, publicada trimestralmente pela Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Sobre o Autor

Ashbell Simonton Rédua
asredua@yahoo.com.br
www.revsimonton.org
Direito, Educação, Religião, Filosofia, Teologia

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Fonte: www.artigos.com

CONHECENDO O DEUS DE SEUS PAIS


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“... Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, 
a porta dos céus.” 
Gn 28.17

Jacó, o filho caçula de Isaque e Rebeca, sai de casa por ordem da mãe para não ser morto pelo irmão. Sai depois de mentir, enganar o pai e roubar a bênção do irmão. Sai com a consciência atordoada pela culpa. Jacó foi amado por Deus desde o ventre, não por suas virtudes, mas apesar de seus pecados. Na estrada da fuga, adormece com a cabeça sobre uma pedra e tem um sonho.

Uma escada ligava a terra ao céu e anjos de Deus subiam e desciam por ela. Ali, ouviu Deus falar, apresentando-se como Deus de seu avô e como o Deus de seu pai, mas não como o Deus de sua vida. Jacó era neto de crente e filho de crente, mas ainda não era crente. Deus ainda não era o Deus de sua vida. Ele recebeu promessas de Deus, mas ainda não era convertido a Deus.

Ele acordou de seu sonho e reconheceu que Betel era um lugar tremendo, a casa de Deus, a porta do céu, mas demorou ainda mais vinte anos para ser transformado por Deus. Não adie a mais importante decisão da sua vida. Hoje é o dia oportuno. Hoje é o dia da salvação! Volte-se para Deus, pois ele é rico em perdoar e tem prazer na misericórdia.
Senhor Deus, vejo-me também necessitado de um encontro pessoal, salvador e transformador contigo. Quero dedicar o restante de meus dias para tua glória. Em nome de Jesus. Amém.


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FONTE: LUZ PARA O CAMINHO

DECIDIR É CORRER RISCOS

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A história de José do Egito é sempre muito atual.

Ele venceu várias tentações: a de ceder o seu corpo para o prazer de uma mulher a quem não amava; a de usar o poder para obter benefícios para si mesmo e não para servir; a de se achar um pobre coitado, diante dos pontapés que levou por anos a fio; a de se vingar daqueles que se propuseram a eliminá-lo.

Há outro triunfo e tem a ver com o risco que correu:

Por caminhos que desconhecemos, chegou a ser vizir (primeiro-ministro) de um Faraó.
José adorava, como seu bisavô Abraão, ao Deus único. O Faraó adorava a muitos deuses.
José tinha um código de conduta derivado das profundas experiências dele e de seu pai Jacó com o Deus único. O código do Faraó vinha de outras fontes, muito diferentes.
Eis que José tem a oportunidade de governar o Egito.


Uma coisa é o que achamos que devemos fazer. Outra pode ser o que faremos quando estivermos no vale da decisão. Talvez na condição dele, e diante de tantos riscos, preferíssemos ficar em casa, sem nos envolver.

Num exercício de imaginação, a partir das outras escolhas dele, podemos supor que José decidiu, depois de muito meditar, que poderia servir ao povo egípcio com a convicção que as convicções do Faraó não lhe seriam impostas, de modo que não teria que trair sua consciência fincada em Deus.

Assim, ele entendeu que Deus lhe deu a competência e lhe inspirou os valores que o tornavam capaz de fazer o que ele podia fazer.

Ao fazer isto, José reescreveu, sem o saber, a história da sua própria família, que se transformaria num povo, que levaria o nome do seu pai: Israel.

Quando fazemos o que é certo, nossas decisões ultrapassam nossos dias e alcançam gerações.
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COMPETINDO COM OS CAVALOS - EUGENE PETERSON

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A terrível ameaça contra a vida não é a morte, ou a dor, nem qualquer variedade de desastres contra os quais nós, tão obsessivamente, procuramos nos proteger com nossos sistemas sociais e estratagemas pessoais. A grande ameaça é morrermos antes de realmente morrer, antes que a morte se torne uma necessidade natural. O verdadeiro horror repousa exatamente sobre essa morte prematura, após a qual continuamos a viver por muitos anos.

Há uma passagem memorável com respeito à vida de Jeremias quando esmagado pela oposição e mergulhado na autopiedade, ele esteve a ponto de capitular entregando-se á morte prematura. Jeremias estava pronto a abandonar seu único chamado divino e resignado a ser apenas uma estatística de Jerusalém. Naquele momento crítico, o profeta ouviu esta admoestação:

"Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro que farás na floresta do Jordão?" ( Jr. 12.5).

A vida é difícil, Jeremias. Você irá desistir diante da primeira onda de oposição? Irá bater em retirada quando descobrir que há muito mais por que se viver do que três refeições diárias e um lugar seco para descansar, á noite? Procurará refugiar-se em casa no instante em que descobrir que multidões de pessoas estão mais interessadas em manter seus pés aquecidos do que viver sob risco para a glória de Deus?

Você irá manter uma vida cautelosa ou corajosa? Eu o chamei para viver o seu melhor, para perseguir a justiça, manter a direção rumo á excelência. É muito mais fácil, como bem sabe, ser neurótico. É muito mais simples viver como parasita. É menos complexo relaxar e deixar-se levar pelos braços da maioria. Mais fácil, porém não melhor, não mais significante, não mais recompensador. Eu o chamei para uma vida de propósito, muito além do que você pensa ser capaz de viver e prometi dar-lhe forças suficientes para você cumprir o seu destino.

Agora, ao primeiro sinal de dificuldades, você está disposto a desistir? Se você se sente fatigado por essa multidão comum de patéticas mediocridades, o que fará quando a verdadeira corrida começar, contra os velozes e determinados cavalos da excelência? O que você realmente deseja Jeremias? Quer arrastar-se, acompanhando a multidão ou almeja correr com os cavalos? (...) A vida de Jeremias foi a resposta: " Eu correrei com os cavalos".

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Extraído do livro "Corra Com os Cavalos".
Editora Textus/ Editora Ultimato.
Eugene H. Peterson pastoreia a Igreja Presbiteriana Christ Our King, em Bel Air, Maryland,

Deus trabalha no turno da noite

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O Senhor fez retirar o mar... toda aquela noite - Êxodo 14.21


Neste verso há uma mensagem confortadora que nos mostra que Deus age durante a noite. A grande obra de Deus para com Israel ali não foi feita quando eles acordaram, vendo então que podiam atravessar o mar a seco; mas foi o que Ele fez toda aquela noite.

Do mesmo modo, pode estar havendo uma grande operação em nossa vida, quando tudo parece escuro e nós não conseguimos ver nem perceber coisa alguma; Deus está operando. E como Ele agiu no dia seguinte, assim havia agido "toda aquela noite". O dia seguinte simplesmente manifestou o que Deus havia operado duran­te a noite. Muitas vezes nos encontramos em situações em que tudo parece noite. Confiamos, mas não vemos os resultados; no decorrer da vida não há vitória constante; não há aquela comunhão diária, constante; e tudo parece escuro.

"O Senhor fez retirar o mar... toda aquela noite." Não nos esqueçamos de que foi "toda aquela noite". Deus opera a noite toda, até vir a luz. Às vezes não vemos, mas durante toda a noite, enquanto esperamos em Deus, Ele trabalha. — C. H. P.

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Fonte: Mananciais no Deserto