DECIDIR É CORRER RISCOS

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A história de José do Egito é sempre muito atual.

Ele venceu várias tentações: a de ceder o seu corpo para o prazer de uma mulher a quem não amava; a de usar o poder para obter benefícios para si mesmo e não para servir; a de se achar um pobre coitado, diante dos pontapés que levou por anos a fio; a de se vingar daqueles que se propuseram a eliminá-lo.

Há outro triunfo e tem a ver com o risco que correu:

Por caminhos que desconhecemos, chegou a ser vizir (primeiro-ministro) de um Faraó.
José adorava, como seu bisavô Abraão, ao Deus único. O Faraó adorava a muitos deuses.
José tinha um código de conduta derivado das profundas experiências dele e de seu pai Jacó com o Deus único. O código do Faraó vinha de outras fontes, muito diferentes.
Eis que José tem a oportunidade de governar o Egito.


Uma coisa é o que achamos que devemos fazer. Outra pode ser o que faremos quando estivermos no vale da decisão. Talvez na condição dele, e diante de tantos riscos, preferíssemos ficar em casa, sem nos envolver.

Num exercício de imaginação, a partir das outras escolhas dele, podemos supor que José decidiu, depois de muito meditar, que poderia servir ao povo egípcio com a convicção que as convicções do Faraó não lhe seriam impostas, de modo que não teria que trair sua consciência fincada em Deus.

Assim, ele entendeu que Deus lhe deu a competência e lhe inspirou os valores que o tornavam capaz de fazer o que ele podia fazer.

Ao fazer isto, José reescreveu, sem o saber, a história da sua própria família, que se transformaria num povo, que levaria o nome do seu pai: Israel.

Quando fazemos o que é certo, nossas decisões ultrapassam nossos dias e alcançam gerações.
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