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BEM AVENTURADOS OS PACIFICADORES

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Todos que afirmam ser filhos de Deus devem promover a paz.
Literalmente, o termo pacificador significa realizar ou promover a paz. Mas isto nada tenha a ver com o que o estabelecimento da “paz a qualquer preço”. Ser pacificador não é o mesmo que “dar qualquer coisa para evitar conflitos”. Não se trata de uma condição passiva, mas de um comportamento ativo e positivo. O agente da paz, o pacificador, não é alguém que apenas está em paz com todo mundo, mas alguém que promove a paz.
Martin Lloyd Jones diz que o pacificador é possui duas características básicas:
1) É pacifico. Isto é, está sempre disposto a fazer tudo quanto for necessário para que a paz seja instaurada e mantida. Uma pessoa pacífica não se contenta apenas em acalmar os ânimos ou deixar em paz os que brigam, mas busca agir ativamente para que haja paz entre homem e homem, entre grupos e até entre nações. É importante ressaltar que ser pacificador não é uma questão de dom, mas de atitude. Não existe um dom de pacificador. Existe um princípio, um valor a ser visto na vida de todos aqueles que professam a fé em Jesus Cristo. Aliás, este valor é o que faz as pessoas nos reconhecerem como filhos e filhas de Deus.

Deus é pacificador. E a maior prova que ele nos deu deste Seu atributo foi enviar o seu filho Jesus, não apenas para morrer em nosso lugar, mas para restabelecer a nossa paz com Ele. Paz que havia sido destruída pelo pecado, mas que foi restabelecida pela fé em Jesus.
Ser um pacificador envolve a presença de uma nova natureza no ser humano. E isso está em total ligação com a bem-aventurança dos limpos de coração. Pois, somente quem tem um coração limpo pode promover a paz, pode ser um pacificador. Uma pessoa que tem os pensamentos desordenados, os valores invertidos e o caráter arranhado, vive um inferno na terra, não tem paz; e se não a tem, não poderá promovê-la. 

2) Uma visão coerente de si mesmo. Segundo Lloyd Jones, o pacificador, assim como manso, o humilde de coração, o que tem fome e sede de justiça e o misericordioso, tem uma visão coerente de si mesmo. Especificamente, é alguém que não se vê como sendo um ser perfeito, sem máculas ou rugas, mas como alguém para quem aquilo que é humano não lhe é indiferente. Quem vive olhando para a vida de modo egocêntrico, egoísta, jamais saberá agir como pacificador, pois não lhe interessam os outros, apenas ele. 

AS QUATRO ATITUDES DOS PACIFICADORES

O pastor Martin Lloyd Jones apresentou quatro atitudes básicas que, incorporadas às nossas ações diárias, tornam-nos agentes da paz.

1. Não falarmos o que não devemos.  Acredito ser consenso entre nós que se pudéssemos controlar a nossa língua haveria menos discórdia no mundo. Tiago, um dos mais práticos escritores do Novo Testamento, expressou essa questão de uma maneira conclusiva (1.9): Toda pessoa esteja pronta para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva”. Uma das melhores maneiras de uma pessoa ser pacificadora é não abrir indevidamente a boca.

2. Não repetirmos idéias grosseiras e indignas. Dizia o grande pregador: “O pacificador é um indivíduo que não fica dizendo bobagens”. Pelo contrário, muitas vezes ele prefere calar em nome da paz. Muitas pessoas vivem dando desculpas para um falar desenfreado, afirmando que precisavam "botar pra fora", desabafar. Isto não está de acordo com o Novo Testamento, que recomenda: “Toda pessoa esteja pronta para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva”.
3. Encararmos toda e qualquer situação à luz do evangelho. Quando você estiver enfrentando alguma situação conflituosa não fale, pense. Pergunte: “Porque esta situação está acontecendo comigo? Que relação esta situação tem com este meu momento de vida e com a minha experiência com Deus? Quem são as pessoas que estão envolvidas nesta situação? São tementes a Deus? Levam a Palavra de Deus a sério?".  No momento em que a gente decide agir assim, a paz já começa a reinar. 
4. Considerarmos a batalha espiritual. Se você é uma pessoa que está buscando viver de modo digno do evangelho vai enfrentar oposição espiritual. Há dois conselhos do apóstolo Paulo que são preciosos para nós nestas circunstâncias. Um está em Efésios 6 e o outro em 2Tm 3.12. Satanás vai usar pessoas e situações para minar a nossa paz. Não ignoremos os seus desígnios (2Co 2.11)

Conclusão

A bênção prometida para aqueles que promovem a paz é “serem chamados filhos de Deus”. O termo “chamado” significa “pertencente”. Os pacificadores pertencem a Deus. O pacificador é filho de Deus, pois possui em si mesmo esse traço maravilhoso do caráter divino. 
Uma das mais gloriosas definições acerca do caráter de Deus , que podemos encontrar na Bíblia, é que o Senhor é o Deus da Paz. E isto foi definitivamente comprovado na pessoa de Jesus Cristo, descrito em Isaías como o Príncipe da Paz.
Que a Paz do Senhor esteja com você.
Pr. Irailton M. Souza


PLANEJAMENTO

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"Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir" (Lucas 14:28)


Tem gente que pensa e defende que planejar é falta de fé e que tudo deve ser feito no impulso. Eu penso diferente e esse versículo retrata uma fala de Jesus de Nazaré ensinando algo a este respeito. 

É evidente que devemos ter fé e crer em ir além, mas isso não justifica, por exemplo, comprar um carro com uma prestação 200 reais a mais do que o salário, dizendo que por fé vai poder pagar. Vai ter de arrumar mais um empregou ou vai atrasar o pagamento, como tantos têm feito.

Planejamento é algo que precisa estar presente na vida prática de todas as pessoas. É preciso olhar mais a frente e preparar-se para o futuro, sem com isso ficar angustiado com o dia de amanhã, pois basta a cada dia seu mal. É uma questão de equilíbrio e de ter controle sobre seus gastos. Há fases de minha vida que não ganho o suficiente para acumular ou guardar algum valor, mas sempre que posso me preocupo em poupar. 

Eu sempre recomendo guardar pelo menos 10% do que ganha, mas sei que nem sempre cabe nas contas. Fato: eu faço as contas, você deve fazer as contas.

Aprendi com este versículo que não apenas uma torre de tijolos deve ter seus cálculos previamente feitos, mas também outras edificações. Seja num relacionamento, num ministério, num discipulado, até para escrever um livro, é indispensável sempre estar disposto e preparado, mas é igualmente indispensável calcular primeiro como vai fazer para terminar. Frequentemente, sem perceber, assumo mais compromissos e tarefas do que deveria e com isso me sobrecarrego. É uma falha.

Deus fez os Seus cálculos quando criou o homem e como ser Onisciente, sabia do prejuízo emocional que o homem daria, pecando e se afastando Dele. Ainda assim, teve como pagar a dívida, por cara que fosse, e aceitou o projeto.

Planejar é preciso.

"Pai, ensina-me a preparar minha caminhada em Teus caminhos sabendo por onde passar e também a não desequilibrar fé com planejamento, sem um sufocar o outro."

Mário Fernandez
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FONTE: ICHTUS

TOPO DA MONTANHA - ROBERT J. TAMASY

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Você já teve a experiência de se sentir no topo de uma montanha? Não me refiro a literalmente escalar uma montanha, embora isso possa ter o mesmo efeito, segundo ouço falar. Mas de um momento muito especial, quem sabe num cenário particularmente impressionante. Ou, talvez, um evento como uma conferência ou retiro, onde você ouviu preletores e líderes poderosos, altamente motivadores, que o inspiraram a fazer as coisas de forma diferente, melhor e com grande zelo.

Ao longo dos anos tenho vivenciado experiências desse tipo. Visitar a maravilha natural que é o Grand Canyon, com sua inimaginável grandeza, foi uma dessas ocasiões. Porém, geralmente meus momentos “topo de montanha” aconteceram durante conferências e reuniões profissionais ou espirituais. Nelas conheci pessoas maravilhosas e ouvi mensagens excelentes, que me desafiaram a ser melhor homem, marido, pai, profissional, escritor, editor, mentor e amigo.

Algumas vezes minhas experiências incluíram o que eu chamo de “pico espiritual” - sentimentos de euforia, excitação e entusiasmo que me convenceram de que eu jamais seria o mesmo: “Vai ser diferente quando eu voltar para casa ou para o trabalho”, eu pensava.

Existe apenas um problema: não podemos permanecer no topo da montanha! Precisamos retornar ao vale, de volta para onde prazos, exigências do trabalho, estresse financeiro, colegas, chefes e clientes não razoáveis nos esperam. Às vezes, nessa volta ao “vale”, as pressões do cotidiano nos atingem com tanta força que rapidamente ficamos a pensar: “Sentia-me tão entusiasmado apenas há alguns dias. O que significou tudo aquilo?

O que fazer quando deixamos para trás o topo da montanha e retornamos ao nosso enfadonho dia a dia? Como obter êxito em seguir em frente com a determinação de fazer as mudanças necessárias, quando a animação do momento no topo da montanha se desvanece? Sugiro que tenhamos em mente que não estamos sozinhos:

Deus sempre está presente. Se você se convenceu de que mudanças eram necessárias, são boas as chances de que Deus estivesse falando com você por meio dos oradores e das mensagens. Lembre-se que você pode ter tido um encontro com Ele no topo da montanha e Ele também vai encontrar você no vale. Salmos 139.7-10 nos assegura: “Para onde poderia eu escapar do Teu Espírito? Para onde poderia fugir da Tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar nas extremidades do mar, mesmo ali a Tua mão direita me guiará e me susterá”.

Seu cônjuge quer ajudar. Mesmo que seu cônjuge não compartilhe de seus talentos ou destreza, Deus tem uma maneira de usar o cônjuge como tábua de salvação, fonte de valiosas percepções e capaz de oferecer encorajamento e apoio. “Casas e riquezas herdam-se dos pais, mas a esposa (marido) prudente vem do Senhor” (Provérbios 19.14).

Amigos confiáveis podem oferecer apoio. Uma de minhas paixões é mentorear – encontrar-me com outros homens e ajudá-los a abordar questões pessoais e profissionais, usando princípios bíblicos como guia. Podemos ter as melhores intenções, mas às vezes influências externas – ou nossa fraqueza interna – podem nos tirar do rumo. Um mentor, conselheiro ou amigo de confiança pode nos ajudar a levar adiante nossos compromissos ou oferecer conselhos sobre mudanças necessárias. Eles podem oferecer suporte e ser alguém a quem prestamos contas. “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro” (Provérbios 27.17).

Questões Para Reflexão ou Discussão

1. Você já teve alguma experiência do tipo “topo de montanha”? Como foi o impacto que ela teve sobre você?.
2. Presumindo que você já teve uma experiência assim, você foi bem-sucedido em agir e efetuar as mudanças que tinha decidido fazer?
3. Concorda com o autor que Deus pode estar falando conosco através das circunstâncias, preletores e mensagens apresentadas?
4. Um mentor, conselheiro ou amigo pode ajudar você a levar adiante os compromissos e decisões que assumimos nesses momentos especiais?


Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: 



  • Provérbios 11.14; 12.15; 15.22; 
  • Eclesiastes 4.9-12; 
  • Filipenses 4.9-17; 
  • II Timóteo 2.2.