"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6:4-5)
Nosso Senhor disse isso aos fariseus quando lhe perguntaram qual era o maior mandamento da Lei. Essa passagem faz parte do Shemá, porção do Torá conhecida por todos os judeus piedosos. A primeira parte é usada pelos teólogos para enfatizar o monoteísmo, porém a segunda parte é essencial também. O versículo não é somente uma chamada para se acreditar em uma doutrina correta; é uma convocação à uma aliança exclusiva com Deus. E não é direcionada a um indivíduo somente, mas à comunidade baseada na fé. Não está escrito o ‘meu Deus’, mas o ‘nosso Deus’.
De todo o teu coração. O “coração” no hebraico é a parte do ser que decide, estabelece prioridades, faz planos. Portanto, amar a Deus de todo coração não é algo emocional, sentimentalista, mas é dar a Deus a prioridade máxima, tomar cada decisão no contexto de Sua verdade, fazer planos com o objetivo de cumprir Sua vontade.
De toda a tua alma. Para os hebreus, a “alma” é de fato a própria vida de uma pessoa. Tudo em sua vida está baseado em seu amor por Deus? Tudo o que fica no caminho desse amor é descartado? Amar a Deus não é uma emoção, mas uma escolha. E escolher Deus sempre significa renunciar outra opção – o conforto, a vontade própria, a independência, etc.
De todas as tuas forças. O sentido aqui é “amar com grande empenho”. Amor pelas metades não é aceito por Deus. Não é algo que se faz quando se sente vontade de fazer, mas um alvo que se cultiva para toda a vida.
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Extraído do devocional BOA SEMENTE- pedidos@boasemente.com.br