Dr. Henry Blackaby |
Uma igreja no leste do Texas convidou-me para ensinar-lhes a reconhecer a presença e a atividade de Deus. Eu estava pregando num domingo de manhã e, como de costume, no final estendi um convite; assim, eu conseguiria ver onde Deus porventura estava agindo e juntar-me a ele. Notei que uma menina de uns dez anos veio do fundo da igreja e se ajoelhou na frente para orar. Ninguém se aproximou a ela. Fiquei tão triste que saí da plataforma e me ajoelhei ao seu lado. Percebi que ela estava orando por alguma amiguinha que não conhecia Jesus. Virei-me para ela e disse: “Você precisa saber que esta manhã é um tempo precioso na presença de Deus. Ele ouviu o seu clamor e você pode ter certeza de que a sua amiga será salva.” Eu podia dizer isso porque a Bíblia assim o diz.
Na noite do mesmo domingo, eu estava pregando ali de novo e tornei a fazer o convite. Logo veio caminhando para frente a mesma menininha, só que agora com uma outra menininha ao seu lado. É claro que eu sabia quem era.
Você pode unir-se a Deus numa batalha que pode estar-se passando no altar da sua igreja? Não seria uma tragédia se Deus o equipasse como um dos seus filhos para entrar numa batalha espiritual que liberta pessoas da escravidão, e você desse as costas e dissesse: “Não é da minha conta”?
Quero falar diretamente com aqueles que são mais veteranos. Quando você vê um casal ir para frente de mãos dadas, você não deveria se juntar a eles? Podem estar no meio de uma batalha espiritual. Não diga “Um dos anciãos, um dos diáconos ou o pastor mesmo deveria ir”. Você é quem deve ir. Você está totalmente preparado por Deus para fazer diferença em qualquer batalha que esteja acontecendo; Deus o convidou para se unir a ele. Descobri que quando oro com alguém, a batalha pode até ficar mais violenta no princípio, mas depois vem aquela vitória incrível e sinto-me tão privilegiado por ter presenciado a derrota do inimigo e o triunfo de Cristo como Senhor.
A batalha pode envolver um dos seus filhos naturais. Num domingo, quando meus filhos ainda estavam na faculdade, fiz o convite e meu segundo filho veio para frente soluçando. Normalmente, ele mantém controle sobre as emoções, mas dessa vez estava soluçando sem parar. Desci para ficar ao seu lado, mas ele me disse: “Pai, há três ou quatro outras pessoas que também vieram para o altar. Você deve dar atenção a elas”.
“Filho, não hoje”, respondi. “Eu sou o único pai que você tem e preciso dedicar meu tempo para você hoje. Não sei o que está acontecendo, mas creio que posso ajudá-lo.”
Abracei-o e voltamos para o escritório. Ele derramou seu coração. Aquele era o momento da sua luta em relação ao chamado de Deus para a sua vida.
Fico tão contente por não ter dito: “Bem, esta batalha não é minha” e por não o ter transferido para outra pessoa. Estou contente porque Deus disse: “Henry, não dê as costas. Você orou pelo seu filho, fez vigílias, e, agora, ele está numa batalha para decidir o resto da sua vida. Você precisa participar dessa batalha e ajudá-lo a obter a vitória.”
Como resultado daquele tempo que passamos juntos, ele se firmou no chamado de Deus, foi para a Noruega durante dois anos, voltou para o seminário e, agora, está de volta à Noruega como pastor de uma igreja. Eu estava presente quando todos os meus cinco filhos receberam o chamado de Deus e sou grato porque o Senhor me equipou de tal maneira que, quando vejo uma batalha, posso entrar nela e ver a vitória chegar.
continua...
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