COM CRISTO NA BATALHA DA ORAÇÃO - 6 (H. BLACKABY)

Dr. Henry Blackaby
Maneiras Práticas de nos Envolvermos

Quero dar algumas ilustrações práticas. Uma das maneiras que Deus usa para convidá-lo para a batalha acontecerá durante o período de louvor na sua igreja. No início dos cultos, o pastor da minha igreja costuma dizer: “Queremos que você venha para frente: se tiver algum encargo de oração, algo lhe pesando ou um motivo de louvor, venha e encontre-se com o Senhor”. Geralmente, muitas pessoas atendem o convite e o altar fica cheio.

Certo domingo, notei um jovem adulto, com pouco mais de 20 anos, que prostrou-se no altar. Dava para ver que estava em grande angústia porque os seus ombros subiam e desciam como se estivesse soluçando. Então, Deus falou comigo: “Henry, por que você não entra naquela batalha?”

Não devemos nos eximir e dizer: “Isso não é da minha conta. Não quero me envolver”. Por isso, caminhei para a frente e ajoelhei-me ao lado dele; comecei a orar, quando senti que seria apropriado, mas não consegui pronunciar nem três palavras, quando o jovem jogou os seus braços ao meu redor e disse: “Dr. Blackaby, é o senhor!”

Eu disse: “Conte-me sobre o fardo que está carregando”. Ele disse: “Nesta semana, eu me formei em Direito na Universidade, mas Deus está me chamando para o ministério, e estou aqui diante dele, rogando que mande alguém para me ajudar a descobrir o que devo fazer! Aí, Deus mandou o senhor!”

Era uma batalha espiritual aquela? Era. O que estava em jogo? Os eternos destinos de muitas pessoas. Deus queria que eu me juntasse a ele naquela batalha? Eu poderia ter ficado lá atrás, usando milhares de desculpas para não me envolver na vida daquele homem. Eu não o conhecia, no entanto ele faz parte da família, assim como eu faço parte. Estou totalmente armado, tenho um arco que Deus me deu e não devo me retirar na hora da batalha.

Num outro domingo, olhei pelo corredor ao meu lado, e havia uma senhora adulta, madura, com lágrimas escorrendo pela sua face. O Senhor colocou no meu coração que eu fosse até lá e visse se havia alguma coisa que eu pudesse fazer. Por isso, fui e coloquei a minha mão no seu ombro e, vendo suas faces manchadas de lágrimas, disse-lhe: “É óbvio que a senhora está carregando um fardo pesado hoje”. Ela me olhou pateticamente e respondeu: “Hoje é o primeiro aniversário da morte do meu marido, e eu não estou conseguindo superar”. Eu disse: “A senhora se sente como se estivesse escravizada?” Ela disse: “Sim, por um ano inteiro eu me sinto como que escravizada. Não sei como vencer”.

Lá estava eu, completamente armado pelo Senhor. Eu disse: “A senhora gostaria que eu orasse?” Se você sente que não sabe o que orar, então leia Romanos 8.26: “...pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Em silêncio, no meu coração, eu disse: “Senhor, eu não sei como orar. Tu podes me ajudar?” Então comecei a orar. É assim que se deve orar com a ajuda do Espírito: comece a orar! Ele vai mostrar o que e como orar. Algo aconteceu no coração e na vida daquela senhora, e no seu semblante. Quando terminei de orar, ela me olhou através das lágrimas e disse: “Estou liberta! Estou livre!” Deus a tinha libertado.

Eu sei que o Natal é uma época muito difícil para as viúvas. Por isso, quando chegou o Natal, eu disse para ela: “Como vai a senhora?” Ela me olhou e disse: “Estou livre. É um Natal maravilhoso. Eu me lembro do meu marido, mas não estou mais escravizada por aquilo. Estou livre!”


continua...

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